O Que Há de Estranho em Mim (Gayle Forman)

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Ficha Técnica:
Nome Original: Sisters In Sanity
Autor:  Gayle Forman
Tradução: Marcelo Mendes
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 224
Ano de Lançamento: 2016
ISBN-13: 9788580414806
Editora: Arqueiro

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 68º livro lido em 2016 e foi O Que Há de Estranho em Mim (Gayle Forman). Desde o início do ano, na época do lançamento deste livro, eu queria ler, mas somente agora consegui encaixá-lo nas leituras, porque ele foi a sétima escolha da minha TBR Jar 2016.


O livro nos traz a Brit, uma adolescente de 16 anos vivendo um momento muito crítico da sua vida. Ela foi feliz por grande parte da infância, até sua mãe começar a manifestar os sintomas de esquizofrenia e sumir. O pai de Brit, enquanto a mãe começou a adoecer, se recusou a interná-la porque acreditava que ela melhoraria, mas ela fugiu e a vida precisou seguir. Seguiu ao ponto do pai de Brit casar-se novamente. A madrasta de Brit não é um apessoa que a menina admire muito e depois que o meio irmão nasceu, as casas ficaram mais complicadas. Além destas dificuldades dentro de casa, Brit descobriu o seu talento na música e passou a tocar em uma banda de rock, o que resultou em tatuagens e em um cabelo rosa e foi então que o pai decidiu interná-la em uma instituição para curar a filha da rebeldia.
"O sarcasmo cria um abismo entre você e os outros" página 27
É assim que Brit vai parar da Red Rock, uma clínica com internas com diversos problemas e lá, Brit, depois de uma certa resistência inicial, faz amizades e o livro então irá se desenvolver em Brit entrar no sistema da clínica e claro, tentar fugir dela, porque na verdade, a Red Rock é um agrande fraude: os profissionais não são formados para trabalharem lá, as terapias são abusivas e os cuidados muito negligentes e Brit decide que aquilo tem que acabar, não somente para ela, mas para todas. Somado às amigas, Cassie, V, Martha e Bebe, elas desenvolverão um plano para que a Red Rock seja fechada.


Enquanto Brit está internada, ela mantém uma espécie de romance com um companheiro de banda, o Jed, mas o romance dentro do livro é bem sutil e se torna apenas um combustível par que Brit se emprenhe em sair o mais rápido possível daquele lugar. 
"Quando estamos cercados de inimigos, não podemos nos dar ao luxo de guardar mágoas dos amigos." Página 95
Mais uma vez, a escrita da Gayle Forman me conquistou do início ao fim. De uma forma dramática e muito bem desenvolvida, vemos uma personagem sensível, chorona e fraca, ganhar força, amadurecer e buscar o bem coletivo. Para mim, isso foi o mais tocante e intenso na trama. A autora faz um passeio bem consistente em passado e presente, mostrando ao leitor as características da mãe da protagonista e fazendo com que a gente entenda as motivações do pai dela.

Eu adorei o livro. Foi uma leitura tensa, mas muito fluida, porque as páginas e sua história, passaram pelos meus olhos e entraram no meu coração. Não existiu um único parágrafo em que eu não tivesse torcido muito pelas meninas.


O final do livro foi muito bem-feito e todas as explicações que Brit precisava ter, ela tem de forma consistente e muito bem inseridas na narrativa. O final é bonito, emocionante e maravilhoso. 

Gostei demais!!!


Um pouco sobre a autora: Gayle Forman nasceu nos Estados Unidos e lá se formou em jornalismo. Escreveu muitos artigos para várias revistas e seu primeiro livro foi publicado em 2007. No Brasil, seus livros publicados são:

APENAS UM ANO
O QUE HÁ DE ESTRANHO EM MIM

Comentários
10 Comentários

10 comentários :

  1. Oi Ivi,
    Linda resenha. Gostei de como você descreveu a escrita da autora e como a Brit se mantém na clínica.

    A capa é bem bonitinha, e faz jus a historia do livro. Fiquei com dúvida do gênero do livro, e pensei que teria mais coisas envolvida no final, como por exemplo um final MARAVILHOSO ou DIFERENTE, ficou muito sem graça. Espero que eu tenha entendido errado.

    P.S vou procurar por esse livro, e ver de perto. Quem sabe eu acabe gostando.

    Beijoss querida, Enjoy Books

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  2. Oiii,
    Menina eu tenho 2 livros da Gayle Forman aguardando por mim na estante e não li ainda por medo mesmo, porque sei que meus sentimentos vão ficar muito abalados kkkkk
    Agora depois da sua resenha fiquei com mais medo ainda rs, mas adorei a premissa da história e saber que ainda que a personagem de inicio seja fraca, a gente acompanha o crescimento dela.

    Beijinhos...

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  3. Oi, Ivi. Desde que a Arqueiro lançou esse livro que eu tenho curiosidade com ele. A trama parece se desenvolver bem e seus comentários sobre a história estão bons. Acredito que alguns dos personagens poderiam me irritar um pouco, não sei bem se eu vou gostar tanto assim da leitura mas sei que vou aproveitar bem.

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  4. Olá Ivi,
    Eu meio que tenho uma relação de amor e ódio com a Gayle, os dois primeiros livros que li (se eu ficar e para onde ela foi) foram péssimos. Não consegui me conectar com a personagem e pensei em não ler mais nada dela. Ai veio o Eu estive aqui e amei a leitura.
    Quero ler esse para saber o que vou achar.
    Uma das coisas que me animou muito foi saber que a protagonista possui um começo fraco e vai amadurecendo. Achei isso um ponto bem positivo e não vou desanimar na leitura quando encontrar uma protagonista fraca. Outro ponto que me atrai é esse lugar para onde as meninas são enviadas. Sério, parece que ser diferente é uma doença atualmente...
    Vou tentar encaixar na meta do ano.
    Beijos,
    Um Oceano de Histórias

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  5. Olá, tudo bom?
    Então, eu já li esse livro também e infelizmente não curti tanto quanto você. Não sei sabe, não consegui me conectar com a personagem principal e acredito que isso fez com a história não fluísse tão bem para mim. Um dos pontos fortes para mim foi ela aprender a lutar pela coletividade, como você citou. Adorei a resenha e as fotos!


    Beijos!
    @PollyanaCampos
    Entre Livros e Personagens

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  6. Oi, flor! Como você, me interessei em ler esse livro desde o seu lançamento. Gosto muito de abordagens sensíveis sobre a saúde mental e a situação real dos hospitais psiquiátricos. Acredito que até os dias de hoje muitos casos como o dessa protagonista existam por falta de seriedade, de acompanhamento do Estado... Enfim, graças à reforma psiquiátrica, as coisas melhoraram, mas ainda estamos abandonados. Há muitas pessoas que não deveriam estar internadas, aliás, muitas que sequer melhoram ao estarem lá. Complicado. Adorei saber que o livro leva a torcer pelas meninas. Eu já estou com meu coração totalmente aberto para elas. <3

    Beijos!
    http://www.myqueenside.com.br

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  7. Oiee Ivi ^^
    Eu adoro os livros da Gayle, mas ainda não consegui ler este, por mais que queira muito. É tão bom quando um livro nos apresenta um personagem fraco, e este vai amadurecendo ao longo da história, né? Ver personagens amadurecendo é uma das coisas que eu mais gosto e aprecio em uma história, principalmente quando tem um pouco de drama e sentimentos no meio...haha'
    MilkMilks ♥
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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  8. Oi Ivi,
    esse foi o primeiro livro que li da Gayle e eu simplesmente adorei a leitura e toda a mensagem por trás dela, compreendi a personagem e seus medos, adorei a amizade que ela desenvolveu, assim como os rumos que a história foi tomando até o final, pelo que percebi na sua resenha você também fico feliz que gostou

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  9. Oi, Ivi. Tudo bem, lindona?

    Que bom que você gostou do livro. Infelizmente, a escrita da Gayle e eu não nos damos bem. Eu não sei como explicar direito, mas eu acho que ela força coisas, sabe? Força situações para fazer a gente se emocionar. Enfim...
    Que coisa esse pai! Ao invés de tentar se aproximar da filha, de dar amor, resolve internar a menina!
    A dinâmica dela dentro da instituição deve ser interessante, ainda mais com essas situações ruins lá dentro, mas já atingi minha cota de Gayle para poder me aventurar! hahahaha

    Beijos

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  10. Oi Ivi, tudo bem?
    Eu morro de vontade de ler esse livro, adoro os livros da Gayle e esse é um dos poucos que não li ainda, acho interessante ela abordar esse assunto mais sério e que comove o leitor, eu particularmente gosto muito de obras assim, então acredito que irei gostar bastante, assim como você. Ótima resenha!

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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