Nome original: Libri di
Luca
Autora: Mikkel Birkegaard
Tradução: Kristin Garrubo
País de origem: Dinamarca
Número de páginas: 406
Ano de Lançamento: 2010
ISBN: 978-85-01-08470-5
Editora: Record
Este livro foi um presente de amigo secreto na empresa em
que trabalho, já que livro é sempre uma das opções de presentes para mim! A escolha foi totalmente da minha amiga, já
que não conhecia a história ou o autor, mas devo dizer que me impressionei e
fiquei interessada já pela frase da capa, que diz: “um romance em que o
protagonista é o leitor”. A sinopse retrata
um grupo (Lettore), o que me fez lembrar os livros de Dan Brown
(autor que gosto muito), com suspense e descrição de uma morte, clima tenso e
misterioso.
“Todos interpretam a história de um jeito, em parte por causa de suas experiências, mas também porque podem estar emocionalmente vulneráveis ou insensíveis demais no dia em questão”. – página 222.
Luca
é dono do sebo que dá nome ao livro, apaixonado por literatura e morre por uma surpreendente
parada cardíaca enquanto lia, o que realiza seu desejo não verbalizado de
morrer entre seus amados livros. Após a morte de Luca, o herdeiro de seus
livros é seu filho, o advogado bem sucedido Jon Campelli.
Depois de
15 anos longe do pai que o renegou, Jon volta ao sebo e encontra Iversen,
Katherina e Paw, funcionários de Luca. Iversen explica a ele sobre ser um Lettori, nome pelo qual são chamados
aqueles que tem o poder de influenciar os pensamentos e emoções dos outros pela
leitura. Este grupo é dividido entre remetentes (como Luca) e receptores, como
Katherina. Iversen alerta que Jon pode ser um deles e Jon relembra todas as
vezes em que leu nos tribunais e o público parecia prestar atenção demais em
suas palavras.
Após
o encontro com Kortmann (presidente do grupo ao que Luca pertencia), Jon
percebe que o pai foi assassinado e decide investigar sua morte com a ajuda de
Katherina. Durante a investigação de Jon sobre Luca, outras mortes acontecem, o
que me fez lembrar do clima da novela “a próxima vítima”, imaginar se realmente
havia um assassino e quem seria ele.
Cada
vez mais envolvido na investigação e com novas informações que mudam o rumo da
história, Jon pede que seu dom seja “ativado” e é considerado como o remetente
mais forte entre os integrantes do grupo.
Um
dos pontos negativos do livro é o excesso e nível de detalhamento descrições em
todos os sentidos: lugares, paisagens, reações e sensações. Mesmo que fossem
necessárias para o clima do livro, acredito que o autor tenha exagerado um pouco,
o livro seria reduzido a metade da quantidade de páginas se não tivesse tantas
descrições.
Ainda
assim, reconheço que foi uma leitura proveitosa, diferente das últimas que fiz
pelo clima de suspense. Me pareceu interessante porque além de tudo isso, me
levou a pensar no quanto eu mesma posso ser influenciada pelas palavras do
autor ou pelos argumentos transmitidos por ele durante a leitura.
“Embora “nunca” designe uma infinidade, essa palavra restringe nossa imaginação e nosso potencial. [...] Pessoas que dizem “nunca” acabam se arrependendo”. – página 309.
O livro trata da importância da
palavra escrita, da leitura e demonstra que nem tudo é o que parece ser, sendo
que às vezes decisões tomadas com intuito de proteger podem não ser as mais
corretas. Um personagem que parecia inofensivo pode ser o mais perigoso e mesmo
aquele que influencia também pode ser influenciado. Recomendo para quem gosta
do estilo e não se importe com mortes lentas, com direito a sensações
detalhadas.
Olha eu gosto muito de livros de investigação, mas eu não conhecia esse livro e sinceramente me chamou atenção. Eu acho que leria sim só pela trama viu? Mas eu acho que pegaria mais pra frente, porque quero acabar com a minha pilha de livros comprados e espero fazer isso logo viu? Mas mesmo assim espero gostar bastante da leitura =]
ResponderExcluirhttp://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2016/01/resenha-aprendizes-de-guardiao.html