Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 49º livro lido em 2015 e foi A PROCURA DE AUDREY (Sophie Kinsella). Costumo dizer que preciso de uma dose de Sophie Kinsella por ano na minha vida e estava preocupada em não ter nada de novo dela para ler em 2015, então, a sua vinda para o Brasil traz de uma só vez dois lançamentos e este despertou minha curiosidade porque é o primeiro livro dela com uma abordagem jovem/adulto e, mesmo sem saber muita coisa sobre o livro, desejei ler desesperadamente.
O livro nos traz a Audrey, uma adolescente que está se recuperando de um trauma intenso. Aconteceu algo muito ruim com ela no seu antigo colégio, algo tão grave que a fez surtar. Após o acontecido, ela passou um tempo no hospital e agora ela se encontra totalmente com medo do mundo. Ela só conversa com a sua família e ainda assim, passa o dia de óculos de sol para evitar encará-los. Visita regularmente a sua terapeuta, está tomando a medicação prescrita, mas a sua melhora é bem lenta e sendo assim, ela aguarda o retorno para as aulas no novo colégio.
Apesar desta introdução depressiva da história que eu acabei de fazer, não se enganem, o livro foi escrito pela Kinsella, logo, este drama todo é substituído por situações hilárias. Enquanto Audrey precisa lidar com seus medos, a família dela, pais e irmãos se encarregam de nos divertir: a mãe está revoltada com Frank, o irmão de Audrey porque ele é viciado em jogos no computador. O pai de Audrey tenta apoiar a mãe, mas faz o típico homem mandado pela esposa e de sobra temos o irmãozinho de Audrey, o Felix, que rouba a cena com várias situações engraçadas. E temos o Linus, amigo do Frank que vai dar um toque de romance fofo para a história.
Apesar desta introdução depressiva da história que eu acabei de fazer, não se enganem, o livro foi escrito pela Kinsella, logo, este drama todo é substituído por situações hilárias. Enquanto Audrey precisa lidar com seus medos, a família dela, pais e irmãos se encarregam de nos divertir: a mãe está revoltada com Frank, o irmão de Audrey porque ele é viciado em jogos no computador. O pai de Audrey tenta apoiar a mãe, mas faz o típico homem mandado pela esposa e de sobra temos o irmãozinho de Audrey, o Felix, que rouba a cena com várias situações engraçadas. E temos o Linus, amigo do Frank que vai dar um toque de romance fofo para a história.
O livro se desenvolve com a recuperação lenta de Audrey. Cada pequeno progresso é dado sem pressa e vemos uma adolescente lutando para se sentir pronta para interagir socialmente como ela fazia antes. A terapeuta ajuda e o romance com Linus também, mas a luta de Audrey é diária e nunca é fácil. Ela não entende o que acontece na sua cabeça e precisa aceitar que as pessoas ao seu redor se esforçam ao máximo para que ela melhore.
O livro é muito engraçado e ao mesmo tempo intenso. As características de escrita da autora não estão todas inseridas nesta história porque a abordagem é realmente diferente, mas os fãs da Kinsella encontrarão traços do seu bom humor e da sua escrita criativa em várias situações. Talvez neste livro, com um pouco mais de sensibilidade. Vemos a personagem amadurecer lentamente, se esforçar para cumprir com as tarefas dadas pela terapeuta, deixar o sentimento pelo Linus ganhar espaço no seu coração e entender que tudo o que a família faz por ela, é para vê-la melhor.
Eu gostei bastante da leitura, embora tenha me decepcionado com o fato de que em momento algum, a autora nos explica o que de fato aconteceu com a Audrey para que ela surtasse. Alguns indícios são dados e podemos concluir sem muita certeza que foi alguma coisa relacionada à bullyng, mas em momento algum ela deixa isso explicito, o que eu posso entender que a autora quis nos mostrar é que não é a causa que pode definir alguém, mas como vamos lidar com o efeito de toda a situação. Não importa na verdade, salvo pela curiosidade, o que aconteceu para que a Audrey se trancasse dentro do seu próprio mundo, mas como ela vai lidar com estes sentimentos traumáticos para que a sua vida não se estagne.
Apesar da história ser tensa e séria, é um livro leve e divertido e entre um capitulo e outro, vemos a importância da família na vida de um adolescente. Foi um livro completo para mim: reflexão e diversão amarrados em uma história original e bem desenvolvida.
Para quem gosta de ChickLit, é um bom livro, ainda que nem todos os elementos do gênero se façam presentes na história. Para quem curte o gênero jovem/adulto, é um livro diferente e bem pertinente ao momento e para quem ama a Sophie Kinsella, é um encontro maravilhoso com novas características da escritora.
Eu particularmente, adorei!!!!
“Diagnóstico: Episódios de depressão. Como se a depressão fosse um seriado de comédia, sempre com uma tirada hilária. Ou uma série de TV cheia de suspense e finais abertos. O único suspense em minha vida é: Será que um dia vou conseguir me livrar dessa merda?”
Um pouco sobre a autora: Sophie Kinsella nasceu em Londres, 12 de dezembro de 1969. Foi uma jornalista de economia, com especialização na área financeira e hoje tem uma sólida carreira como escritora. Suas obras lançadas no Brasil são:
- Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (2000)
- Becky Bloom - Delírios de Consumo na 5ª Avenida (2001)
- As Listas de Casamento de Becky Bloom (2001)
- O Segredo de Emma Corrigan (2003)
- A Irmã de Becky Bloom (2004)
- Samantha Sweet, Executiva do Lar (2005)
- O Chá-de-Bebê de Becky Bloom (2007)
- Lembra de mim? (2008)
- Menina de Vinte (2010)
- Mini Becky Bloom: Tal Mãe, Tal Filha (2011)
- Quem vai dormir com quem? (2012)
- Fiquei com seu número (2012)
- Lua De Mel (2013)
- A Procura de Audrey (2014)
- Becky Bloom em Hollywood (2015)