Sou fã da autora e assim que vi que seria lançado mais um
livro dela por aqui já me interessei pela leitura. Devo comentar que sempre
prefiro os livros de Megan Maxwell no idioma original – espanhol – pela relação
dos títulos dos capítulos (normalmente músicas latinas) com a história, mas dessa
vez isso não ocorreu, os capítulos eram simplesmente numerados, o que me
desanimou.
A
história tem início em 1995: o surfista Sam se apaixona por Kate, que passa
férias no Havaí. Sam perdeu os pais em um acidente e cresceu em um orfanato com
Michael, a quem considera como irmão. Kate mora em Nova York e sofrendo com a distância,
os dois decidem se casar após a formatura e viver nos Estados Unidos.
“A vida é loucura. Loucura por viver, por amar, por sorrir” – página 281.
A
trama avança até 2010, sendo que tudo ainda parece perfeito: são bem sucedidos
na carreira, apaixonados e felizes com as filhas (Catherine e Olivia). Kate muda
totalmente seu estilo e só usa roupas de grife, mas o marido continua como seu príncipe
encantado.
A
vida do casal muda após um telefonema, em que Kate descobre que Sam tem um
veículo cadastrado em outra cidade e deve comparecer ao hospital com urgência
devido a um acidente. A partir daí, ela percebe que o marido não é como ela
pensava.As
filhas têm participação importante: enquanto Catherine é mais dura, Olivia se
mostra compreensiva, preocupada com todos os envolvidos e determinada em
reaproximar os pais.
Personagens como Terry (irmã de Kate) e Michael (irmão de
Sam) tem quase tanta importância quanto os protagonistas com sua relação de
amor mal resolvida, de idas e vindas. A única música mencionada no livro é tema
deles: Desafinado, de Tom Jobim. No
decorrer do livro, Michael ganha ainda mais espaço, inclusive com a
possibilidade de encontrar sua mãe biológica.
A
autora caprichou nas informações sobre o Havaí: história do surf, o pássaro e a
flor característica do país, comida e músicas típicas, além de dados sobre
vulcões e outros pontos turísticos. A descrição da praia próxima a casa de Sam
é perfeita!
Achei
a capa da edição brasileira bem bonita, ainda que a capa original tenha mais a
ver com o título (“los príncipes azules también destiñen”), que literalmente
seria “os príncipes azuis também desbotam”, já que o nosso príncipe encantado é
o “príncipe azul” dos hispânicos.
Esse
livro é bem diferente dos outros escritos por Megan Maxwell: não há ênfase musical
nem trechos hot tão tradicionais dela. A trama demonstra que ninguém é
perfeito, que inclusive aquele que é tido como príncipe (ou princesa) aos olhos
de todos pode errar em algum momento e cabe ao parceiro decidir se cabe ou não
uma segunda chance. Reencontros e sonhos são possíveis, desde que a pessoa esteja
disposta a lutar pelos objetivos e se arriscar. Não é o meu preferido dela, mas
mesmo assim, recomendo!
“Por essas lembranças, por esses momentos alucinantes e pela felicidade que você pode encontrar, vale a pena se arriscar.” – página 282.
Um pouco sobre a autora: Megan Maxwell é uma reconhecida escritora do gênero romântico. Filha de mãe espanhola e pai americano, publicou vários romances. Vive numa aldeia nos arredores de Madrid, na companhia do marido, dos filhos, do cão Drako e do gato Romeo. Os livros publicados no Brasil são:
- Peça-me o Que Quiser
- Peça-me o Que Quiser Agora e Sempre
- Peça-me o Que Quiser ou Deixe-me
- Surpreenda-me
- Vai sonhando
- Adivinhe Quem Sou
- Adivinhe Quem Sou Esta Noite
- Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos